segunda-feira, 1 de março de 2010

Do Sol se pôr, até o Sol raiar.

Estávamos num domingo, até então ensolarado de Santos, aqueles trinta e sete graus de rotina, eu e mais um grupo de amigos, esperando a chegada de um menino, que pra nós ainda era um mistério. Foi quando ele chegou, com uma camiseta branca e vermelha de manga comprida, calça jeans , um boné para trás e um certo charme no andar. Ele estava acompanhado do meu melhor amigo, seu namorado. Fomos apresentados um para o outro, seus olhos azuis ofuscaram os meus, que estavam escondidos por um óculos de sol.
E assim foi, chegava o fim de semana, e a felicidade também , junto com o desejo de vê-lo e sair pelas ruas santistas , nos conhecendo mais e mais, trocando expêriencia de vida, trocando graça, trocando de roupa um perto do outro e as vezes trocando os namorados!
O levamos para ver a cidade de cima, o levamos também para outra cidade , para postos de gasolina, onde passávamos o dia praticamente inteiro, dentro no ar-condicionado tomando coca-cola e conversando sobre pessoas e como ruins elas podem ser.
Ai vinham a pior parte, a hora de ir embora, a despedida, naquela rodoviária suja e cheia de anônimos desinteresantes, mais com a alegria que na próxima semana haveria mais.
Passou pouco tempo, mais tempo suficiente para ver o quanto podemos nos surpreender com as pessoas, e como elas podem nos mostrar serem as melhores e totalmente necessárias na nossa vida.
Tenho certeza que a diferença de idade, a vida diferente e até mesmo nossos costumes, vão nos ensinar muita coisa , boas e principalmente ruins e o'que tornará nosso laço cada vez mais apertado.
Bruno, eu te agradeço por todos nossos rolês, por todo companheirismo, sinceridade e o mais importante BELEZA , que você estava presente, desde aquele dia de domingo o qual nem imaginariamos o'que passariamos até hoje, desde corridas na madrugada em forma de desespero, até um pouco de paz e mesas enormes com copos com gelo e coca-cola. Espero poder me orgulhar dessas palavras e tê-las em minha boca por muito mais tempo, por mais que nossas vidas sigam um rumo diferente .
Quero te ter com o sol se pondo, e até ele raiar.
Te amo perfeição em forma de menino devasso.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Sem criatividade para título.

Para fina (parafina) ou Ju, ou fina flor, ou qualquer outro cocô (lembrando que você adora desenhá-los).



Tudo começou com uma simples frase no intervalo da escola.

"Você gosta de MCR?"


Eu respondi que sim e ainda falei mais alguma coisa, dizendo que eu brigava muito com meu irmão.
Eu tinha 11 anos, pois foi antes de junho de 2006. Usava all star rosa e preto, piercing de mentirinha, lápis de olho e ouvia Evanescence. Juro que até hoje não sei como alguém pôde ter coragem de chegar em uma criatura tão estranha feito eu.


"Diretora, elas tão querendo quebrar a gente na saída"


Era verdade, mas de tanto que aquelas meninas nos odiavam, acabaram querendo virar nossas amiguinhas no final da sexta série. Nessa época tinha o Dilan, a Tilani, o Felipe, a Ana Luiza, a Natasha, aquela menina que eu esqueci o nome que andava com a Tilani no começo do ano... Tinha a Melissa, a Viviane. E várias outras pessoas que legais ou não, fizeram parte dessa partezinha da história feliz.


Nessa época veio o Chico, nosso diário. Veio também as músicas do Cartola. Playcenter, sua câmera from hell que apagava as fotos do nada. Veio chiclete do Piratas do Caribe sabor algodão doce. Veio a Mitologia Grega, o Magno. Exceto pela Fergie e Jack Johson, até aí estamos bem, vai.
Aí depois você ficou mais modernuxa e começou a ouvir CSS e Bonde do Rolê. Ok, eu continuava no MCR, mas já tinha tirado todos os meus pôsters da Amy Lee e Evanescence da parede.
Você pichou sua parede e comprou uma Polaroid e começou a usar esses lenços e, por conta disso, passei a te chamar de índio e John Lennon, mas foi por pouco tempo, porque você me deu um fora básico dizendo que índios tinham estilo. Ok. Veio a época dos foras. Dava m-u-i-t-a raiva quando eu falava alguma coisa empolgada e você dizia "não, filha" ou "não". Aí as respostas foram diminuindo e foram se tornando "n" ou "." ou simplesmente "Juliana parece estar offline". Ah, jujubrazz!


Depois veio 2007. A gente estudava de manhã e tínhamos um professor escritor que um dia nos perguntou o que fazíamos nas horas de lazer. Tinha uns professores engraçados, hm, aquele tal de Nilo, lembra? Que desenhava um "Até logo" na lousa com um desenho de um cara com mó narigão?
Vieram os trabalhos depois da escola, os quais a gente sempre deixava pra fazer depois de ir no orquidário. A gente ouvia Scisor Sisters, Mika, Regina Spektor... Tudo isso no seu Mp4 com meu fone.
Terça feira era dia de redação e a gente gostava por causa disso.



Depois veio 2008. Acho que foi o melhor ano, pelo menos até julho, né? A gente passou a amar inverno, ou pelo menos demonstrar a alegria de ver a fumacinha do frio saindo da boca naquela época. A gente ouvia Vanguart, Mallu, Beatles. Você ouvia Super... Super... Super alguma coisa, que eu não lembro agora, mas ouvia. Daí veio o severino, o Mush, os emoticons do Aipim (que por sinal, você demonstra muito bem nessa foto). Você parou de comer tudo o que um dia já respirou... Ah, claro, teve fevereiro também né! Mas vou deixar pra falar desse dia daqui a pouco.


Pronto, daqui a pouco chegou.
Ah, fala sério, se meu nariz não tivesse saído um pouco avantajado essa foto seria a melhor de todas. A gente tá péssima, mas olha a minha cara de feliz. Não preciso falar nada desse diazinho, mas só pra constar que você tava lá também, né. E POR POUCO eu não te vi chorar. Gentem, nunca te vi chorar. Não ainda, MWAHA! Deixa só eu simular um infarto e... Você vai rir, ok.






Agora a gente tá em 2009. Ê beleza, que bonito, o ano já vai se acabar e daqui a pouquinho será 2010. 4 anos! Passou muito rápido, como pode? 4 anos de coisas que só a gente acha graça.

"Narigudo. Olha que engraçada essa palavra... Presta atenção, meu. NA-RI-GU-DO. hahahaha, muito estranho..."


Apesar de temos passado por uma fase de achar graça até em fanho - tá, fanho você ainda acha graça, vai - e todos amarem sua cara de origami - lembro até hoje de você falando que ia fazer cara de origami e sua irmã esticando a cabecinha pra ver -, foram bons tempos.
Ah, ainda serão né. Vamos viajar muito ainda, vamos nos tornar jornalistas, vamos tirar foto com o Gerard gordinho... Hm, só não vamos pro Islã, tá? Tô com medinho.

E ainda virão muitos e muitos momentos. Tá, essa parte ficou muito "blues estalando os dedinhos", mas vamos parar com isso, po, momentos é só uma palavra no plural. Que mal tem nisso?


Ps. Eu juro que eu ia fazer um vídeo bem fashion star look sensual no YouTube, daqueles de bests 4ever, mas acho que não tem absolutamente nada a ver com a gente hahahaha. Aquelas estrelas abrindo em forma de coração pra mostrar as fotos, uma música eletrônica no fundo e o vídeo terminando com "Good times" ou "Arrasamos"... Não. Melhor não!

Manie.

terça-feira, 25 de agosto de 2009


Deitada sob a luz vermelha, meia noite de uma quarta-feira, com frio nos pés sem meia, ela sonha em oder acordar, tomar um café bem forte e amargo, fumar seu último cigarro, sair de cachecol e sentir a fumacinha do frio saindo pelas suas palavras, vendo que realmente o tempo está gelado, caminhar com o Sol batendo em seu rosto e se alegrar que a manhã é tudo que ela quer. Pegar um ônibus vazio, carregando seus livros com cheiro de passado e por alguns segundos fechar os olhos através de suas lentes de grau e ver que tudo isso a torna a pessoa mais feliz e única, que torna as coisas mais simples do mundo, na maior felicidade, mais unicamente e simplesmente ela vai acordar, apressada com sono e cheia daquele frio que a fez tirá-la da cama para ter que ir pra sua rotina diária.

O único sonho dela, era transformar tudo isso em uma grande mágia de uma vida fantasiosa, em uma realidade em que sempre irá enfrentar.



(fina)

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Jorge.


Às quartas, estava lá, com seu uniforme de trabalho,calça azul e uma camiseta de algodão verde-petróleo, uma botina preta de cadarços corretamente cruzados, laço perfeito. No crachá anunciava seu nome e sua posição de serviço : Jorge Douglas , limpeza das jaulas. Era ótimo nisso, se empenhava ao máximo para cumprir em perfeita ordem seu trabalho. Começava pontuamente, as nove e quarente cinco da manhã , no zoologico municipal de cachoeira do sul. Por mais que a rotina de Jorge fosse cansável, ele nunca faltara no serviço, tinha orgulho de sua profissão. Recebia os visitantes sempre com um grande sorriso no rosto e com baldes e esponjas nas mãos.

Era um rapaz comum, com uma vida aparentemente comum, mais havia um detalhe só que o diferenciava da grande parte da sociedade, Jorge não acreditava em Deus. Em seu aniversário de doze anos, Jorge presenciou a pior cena de sua vida : A morte de seus pais, sua mãe, sempre se sentia infeliz e resolveu terminar sua vida, na sala de jantar de sua casa, inconformado e carregado por tanta tristeza, seu pai resolveu fazer o mesmo. Jorge, ainda com o chapéu de festa na cabeça, ali estarrecido e privado de emoções , pensou consigo mesmo que se Deus, o homem bom e puro que ajudava tantas pessoas, porque nao fez o mesmo com seus pais? Por que os deixou fazerem aquilo? Sobrecarregado da raiva na ausência de Deus naquele momento, passou a desacreditar que havia uma força divina dos céus. E não havia motivo algum que o fizesse mudar de ideia.

Em uma sexta-feira, em sua folga, resolveu ir passear no zoologico, como visitante. Observava os animais e todas as pessoas que por ali passavam, fotografavam e se divertiam com o lugar. Iria ser um dia que por um motivo ia mudar a vida de Jorge. Sentou em um banco e continuou a observar, quando viu uma pequena fresta de luz saindo no meio das plantas, curioso, levantou para olhar mais perto. Uma voz forte começou a chama-lo, meio assustado começou a se aproximar. Era um homem grisalho, sentado, vestindo uma blusa branca e uma calça azul-marinho, usava óculos e tinha uma barba rala.

- Jorge, jorge...finalmente nos encontramos, Jorge! Como está ? Um dia lindo em plena sexta-feira!

Jorge espantadissimo, ficou calado por alguns segundos e virou a cabeça:

- Er..e..u te conheço ?

- Você, nao me conhece, aliás conhece sim, mais não creres em mim.

Paralisado por suas palavras, lembrou na única coisa que não acreditava: Deus!

-Quem é você?

- Sou Deus, Jorge, aquele que você jurou nunca acreditar, e agora está aqui na sua frente, em cores.

Nunca tivemos a oportunidade de nos encontramos, e hoje eu vim até aqui esclarecer os fatos.

Sua mãe, tinha uma vida feliz, não havia riqueza nem grandes poderes materias, mais era casada com um ótimo homem, que era seu pai, tinha um filho perfeitinho, prestativo e que a amava acima de todas as coisas. O'que mais importaria? Nada, mais sua mãe nao deu o devido valor, não reparava em tudo que tinha.

Veja bem, não quero dizer que sua mãe mereceu morrer, mais foi uma escolha dela, uma escolha egoísta , e mais uma vez só pensou em si. Eu tentei mostra-lá que não havia motivos para isso, várias vezes. Evitei ao máximo que pude . Cada um escolhe o caminho que quer seguir, e esse foi o dela. E seu pai, pobre homem, escolheu viver ao lado dela para sempre.

Emocionado ao lembrar da mãe, Jorge começou a chorar, e seguiu ouvindo em silêncio.

- Realmente, espero que tente me entender , nao posso obriga-lo a não ter raiva de mim, e também não posso amenizar sua dor. Só posso dizer a você, que sou orgulhoso por admirar e gostar tanto da sua vida. Você escolheu o lado certo para se viver. Obrigado.

Sem dizer uma única palavra , Jorge abaixou a cabeça, em sinal de arrependimento. E em sua frente não havia mais ninguem.


Passaram-se anos e mais anos, e Jorge realmente compreendeu que Deus a patir daquele momento ,passou a fazer parte em cada detalhe de sua vida. E que Deus não é um homem, não é uma força superior e sim, as decições da vida de cada um.

terça-feira, 28 de julho de 2009

''Que nossa amizade , que ainda pequena dure a eternidade necessária para que vire amor e nao apenas simples lembranças.
(mordidas em mais mordidas, com sorrisos brilhantes seguido de um abraço fofo e quentinho)''



:((((((((((((((

A morte no meu bolso esquerdo.


Quanto ao Bukowski dizer sobre a preparação das pessoas quanto a morte, nao consigo pensar em algo diferente de ''concordo plenamente com ele''.

Acho que cada um deveria pensar na morte, como elas pensam em comprar roupas da moda.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Take your troubles solo, this is the and of you and me.